28 de nov. de 2008

Intrusa

A casa não é mais minha, apesar do meu nome estampado no processo e de arcar com as responsabilidades dos impostos.
Não tenho lugar ali.
Apenas posso tentar vegetar entre um cômodo e outro até que todos adomerçam e me sobre um pequeno espaço na cama. Mas esse espaço também não é meu. Está apenas emprestado enquanto seu verdadeiro dono dorme.

24 de nov. de 2008

Despedidas

Terminantemente não gosto de despedidas, sejam elas pelos motivos que forem...

Na próxima terça feira, dia 25/11 uma das pessoas mais importantes da minha vida vai partir. E sinceramente espero que ele só volte para nos visitar de vez em quando, pois isso significará que encontrou o que quer que seja que está procurando e que aqui no Brasil não conseguiu encontrar.

O Rafa é aquele cara que você nunca sente falta, porque ele sempre está lá. Sem estardalhaço, com aquele jeitão calado, sóbrio, observador, ele permanece discreto, apesar dos seus 1 metro e oitenta e tantos. De repente ele abre a boca e faz o comentário mais descabível, engraçado e, o pior, verdadeiro. Essa característica dele é a que mais me assombra.

Aliás o Rafa tem essa capacidade de assombrar as pessoas. O cara pacato se transforma quando o assunto é carnaval. Tem folego para sair em todos os blocos e ainda assirtir aos desfiles, e isso munido apenas do celular, o dinheiro da passagem e uma garrafa pet de 2 litros de mate previamente preparado em casa. Acho que é disso que ele sentirá mais falta, além da família, é claro.
Com ele não tem tempo ruim. Sempre que qualquer membro da família precisou de qualquer coisa, fosse uma carona, uma força para desmontar um armário (valeu primo), viajar com a mãe só para carregar as compras que ela vai fazer (seja para Nova York ou Petrópolis), levar uma "sobrinha" para gravações e médicos ou simplesmente sair para bater perna e jogar conversa fora, é só ligar e ele estará pronto para ajudar. E sem pedir nada em troca. Mas também, quando não pode, quando tem algum compromisso, ele diz simplesmente não e pronto. Mas fala de um jeito tão simples, que não tem como, se bobear a gente até larga o que tinha para fazer só pra acompanhá-lo.
Quantas vezes liguei para ele de madrugada, no meio da semana perguntando qual era boa da noite ou então se tinha um canto na casa dele pois de tão bêbada que estava não tinha condições de ir para casa. E sempre aquela resposta com um que de riso divertido brotava: pode vir. Quer que te empreste uma camisa?

Agora o Rafa vai embora. Vai virar inglês. Londres o aguarda. E nós, primos, tios e amigos ficaremos torcendo para que seu desejo de conhecimento e novas experiências seja saciado, pelo menos parcialmente. Que Londres lhe dê o que aqui não encontrou.

Boa viagem, primo.

11 de nov. de 2008

Posts

Passeio pelas minhas leitura virtuais preferidas, e não encontro nada de novo.
É como se todos tivessem tirado uma folga e resolvessem ir para o mundo real um pouco, buscando novas inspirações e emoções...

E nem percebem que os espero para sorver de suas fontes o que me falta...e que nem mesma eu sei o que é.

7 de nov. de 2008

Emoção de mãe é uma coisa tão sem propósito...

No dia primeiro de novembro minha pequena participou de uma apresentação no colégio. Nem preciso dizer que estávamos todos a postos, com as máquinas fotográficas para registrarmos tudo. O pai e a madrasta sentados bem no meio do teatro, eu e os avós em pé no corredor lateral para termos toda a liberdade de movimento para pegarmos os melhores ângulos.
O espetáculo começou, e aí veio o desfile de coreografias das turmas, todas embasando uma história em que o mote era "o que os olhos não veem o coração não sente". Lembro da preocupação da pequena em vestir uma roupa bem colorida (que o pai tratou de providenciar), porque a turma dela representava a alegria e ela queria parecer um arco-íris.
O tempo foi passando e a expectativa aumentando. E finalmente vem a turminha dela desfilando pelo corredor. Um pequeno bando de pimpolhos de 6 anos, sorridentes e confiantes.
Paparazzos familiares a postos, inicia-se a música, e quem comanda a coreografia é minha pequena princesa. Pronto. Lágrimas em profusão escorreram pelas minhas faces, num misto de orgulho, alegria, emoção... e ainda escorrem quendo me lembro daquele instante mágico.

E as fotos? Bem, essas eu tive que pedir aos outros, porque não consegui tirá-las.