19 de nov. de 2006

Invocação

Quando estou só,
Insone,
Rolando à noite na cama,
Invoco sua imagem.
E é tão vívida
Que o percebo com todos os meus sentidos.

Posso sentir suas mãos deslizando pelo meu corpo
Em uma torturante carícia,
E a sua respiração entrecortada
De encontro à minha nuca.
Ouço sua voz incitando-me ao momento máximo do amor.
Seu cheiro espalha-se pelo quarto
Impregnando minhas narinas,
E sinto o gosto de sua boca
Num ardente beijo que me enlouquece.
Dessa maneira revivo, inebriada, nossos encontros,
Esperando por mais um dia;
Esperando que mais uma noite passe;
Esperando que, enfim, chegue o dia
De não mais ter que invocar imagens.

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