20 de out. de 2005

30/08/2000

Uma angústia assola-me o peito.
Lágrimas escorrem em torrentes.
Não há como pará-las.
Não sei se posso, ou mesmo se quero contê-las,
Não há lógica ou motivo...
Apenas uma vontade louca de estar longe de tudo,
Imersa em mim mesma.
Só,

Apesar de todos os que me rodeiam.

Há um mundo que vejo
Do outro lado de um muro.
Um muro intransponível, que me mantém afastada.
Um muro feito de minhas lágrimas,
Que turva as imagens
E que impede de ver com nitidez.

Que mundo é esse que não vejo?
Quem o habita?
Quero chamar, mas a quem?
Que nome devo gritar, se nem voz tenho?

Mas ainda tenho minha vontade...
E, apesar dessa angústia,
Apesar desse muro de lágrimas,
Sei que logo descobrirei quem habita esse mundo,
E farei parte dele,
Transpondo as barreiras
Que eu criei para mim.

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